Sonntag, 23. Februar 2014

Jane Fonda - Minha vida até agora



Comprei a biografia da Jane Fonda no aeroporto a caminho de Curitiba e me apaixonei pelo livro. Eu, pessoalmente, adoro biografias femininas e muitas vezes fico fascinada com a capacidade de algumas mulheres de se reinventar e enfrentar adversidades de forma construtiva e positiva. Muitas vezes a questão não é o tamanho do problema, mas a forma como ele é confrontado.

" Tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado " diz Gandalf, em O senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien. Pois bem, Jane Fonda sabe o que fazer com o tempo que lhe é dado. Filha do ator Henry Ford e Frances Seymour percorre uma carreira de sucesso no cinema , recebe dois Oscars como atriz e produz filmes como "Síndrome da China", " Como eliminar seu chefe " e "Num lago dourado". Mas o trabalho como atriz somente não define Jane Fonda. No livro dividido em três partes, a atriz conta da infância, da carreira e de seu casamento com Roger Vadim. Em seguida ela conta do ativismo político, de sua ida ao Vietnã e seu engajamento contra a guerra , o que lhe deu o apelido de Hanoi Jane.
Na terceira parte lemos sobre suas batalhas pessoais como a bulimia, a maternidade e os casamentos com Tom Hayden e Ted Turner.

Pessoalmente me surpreendi com seus relatos sobre sua fase de ativismo político e sua atuação contra a Guerra do Vietnã. Não espera que uma famosa atriz, filha de um ícone do cinema, símbolo sexual e inventora da malhação estivesse tão ligada a causas políticas e à discussão de questões feministas. Seus vídeos de ginástica, por exemplo, financiaram muitos de seus projetos contra a Guerra do Vietnã.

Ao contar no 3. ato sobre suas batalhas pessoais , Jane Fonda nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas. Jane Fonda é uma mulher que tem pautado sua vida em suas crenças e valores. Atualmente está engajada no ativismo feminista e comanda uma organização chamada Georgia Campaign for Adolescent Pregnancy Prevention.

Acho especialmente interessante o capítulo em que ela conta sobre as filmagens de Barbarella e sobre sua vida na França em 1968. Também acho formidável sua luta para viver de acordo com suas convicções. O trecho em que fala da "disease to please" ( doença de agradar ) é particularmente interessante. Que mulher nunca fez o que no fundo do coração não queria fazer para agradar pai, namorado ou marido ?

Um livro certamente envolvente e inspirador.


Samstag, 22. Februar 2014

Guerrila Girls





Depois de ver esse poster bem humorado na exposição do Centro Cultural do Banco do Brasil, resolvi pesquisar um pouco mais sobre as tais "Guerrilla Girls". O trabalho delas denuncia o sexismo na arte e a desvalorização da mulher de maneira engraçada, sem o mau humor característico desse tipo de manifestação artística.









Ninguém conhece a verdadeira identidade das guerrilla girls. Elas aparecem com os rostos cobertos por máscaras de gorilas e usam como pseudônimos o nome de artistas já mortas como Frida Kahlo e Käthe Kollwitz.

O movimento iniciou-se em 1985 em Nova York e continua inspirando outras mulheres mundo afora.

Donnerstag, 20. Februar 2014

Um conto chinês



Assisti ao filme argentino "Um conto chinês" . O filme foi indicação da minha amiga Rochelle e como é protagonizado pelo ator Ricardo Darin, nem pensei duas vezes...

O filme é de 2012 e conta a história de Roberto, um veterano da Guerra das Malvinas, vivido por Ricardo Darin, que encontra o chinês Jun. No filme Roberto não fala chinês e Jun não fala espanhol. Você passa o filme todo sem entender nada que Jun fala, mas a riqueza de expressões dos dois atores é fascinante. Roberto, um homem metódico e ranzinza, tenta se livrar o tempo todo de Jun, mas a história dos dois está definitivamente interligada.

Cinema dos bons.

Memórias da II Guerra


Ganhei esse livro do autor em Chicago. Ao pesquisar para a viagem fiquei sabendo que havia um programa em Chicago chamado "chicago greeters". Você se cadastra , escolhe uma língua para a visita e se houver um voluntário disponível na data da sua viagem, ele passeará um pouco pela cidade com você. Bem, são essas histórias malucas que acontecem na vida da gente. O voluntário que me apresentaria a cidade era alemão. Ele veio para os EUA depois da II Guerra. Na Alemanha ele morava em Langendorf, Ostpreußen e viveu todo esse período conturbado da história alemã.

Com a chegada do Exército vermelho , ele e a família tentam fugir em direção ao norte, mas são capturados pelos russos e acabam em um kolchose perto da atual Kaliningrad. A história da família durante a ocupação russa e sua fuga para a zona britânica parecem um livro de ação, mas são, na verdade, uma triste realidade. Adorei o livro. 

Sonntag, 16. Februar 2014

É possível !




Em janeiro desse ano estive em Orlando e um dos lugares que eu queria muito conhecer era a Nasa, no Cabo Canaveral , no estado da Flórida. O que eu, no entanto, não sabia era que o astronauta brasileiro, Marcos Pontes, estava exatamente naquela semana trabalhando por lá. Foi uma surpresa simplesmente maravilhosa !!!

Nós, brasileiros, somos bombardeados o tempo todo com exemplos negativos . São políticos corruptos, empresários metidos em falcatruas e negócios escusos, atores que afirmam não gostar de ler, participantes de reality show tratados como grandes artistas...Bem, a lista é imensa. É, exatamente, por isso que fiquei encantada em poder conhecer pessoalmente um brasileiro que tem uma história de vida tão inspiradora, que estudou muito, trabalhou e teve muito foco e disciplina para realizar seu sonho.

Na ocasião comprei um livro do Marcos Pontes. Seu nome é "É possível" e relata como realizou seu objetivo de tornar-se o primeiro latino-americano a participar de uma missão espacial.


Eu devorei o livro no vôo de volta para São Paulo e curti muito. Pretendo escrever sobre ele com mais detalhes aqui no blog. O livro merece um post só para ele !!!

My blueberry nights







Esse final de semana assisti a "My blueberry nights" , filme do diretor chinês Wong Kar-Wai de 2007. O título do filme em português é "Um beijo roubado", que é ok, mas confesso que prefiro "My blueberry nights" . Adorei a cena em que Jude Law fala sobre as tortas mais vendidas.

A cena do beijo é bonita e a trilha sonora é excelente. A ideia de "sair pelo mundo até não ter mais nenhum lugar para ir" me atrai muuuito.